domingo, 29 de março de 2009

"Eurico, o presbítero" de Alexandre Herculano


Alexandre Herculano, nascido em Lisboa (1810-1877), foi simultâneamente escritor, historiador, jornalista e poeta. Juntamente com Garrett foi considurado o introdutor do romantismo em Portugal.

Este romancista ocupou grande parte da sua vida, não só com documentos literários, mas também com existências de ordem política.

Alexandre Herculano, apesar de descender de familias modestas e ao longo da sua vida não ter quaisquer possibilidades de aceder ao ensino superior, nunca deixou de frequentar as bibliotecas nem sequer de escrever as suas obras.

Eurico, o presbítero, obra de Alexandre Herculano escrita em 1844, relata a história de um amor frustrado, em que Eurico se torna presbítero para tentar esquecer o seu grande amor por Hermengarda. Eurico, como personagem revela-se um óptimo Guerreiro e poeta, para além de um romântico apaixonado.

Esta obra tanto pode ser considerada um romance de cavalaria, como uma crítica à cristandade (mais propriamente à Igreja), como oposição à forma como a Peninsula Ibérica foi devastada.

"Menina e Moça" de Bernardim Ribeiro


Sobre Bernardim Ribeiro nada sabemos ao certo. Deduz-se, através dos traços autobiográficos da sua obra, que seja natural dr Torrão (Alcácer do Sal) e que nasceu em 1482 falecendo 70 anos depois. Pensa-se que foi um escritor renascentista, caracterizado pelo arcaísmo da sua linguagem.
Poeta e também novelista foi o introdutor do bucolismo em Portugal, e o primeiro a escrever a sextina na história da Lingua Portuguesa.
Sua obra "Menina e Moça", uma grande novela sentimental, é publicada pela primeira vez em 1554 (Itália). "Menina e Moça" contempla aventuras amorosas em ambientes campestres, bucólicos e paradisiacos, o que faz com que os seus tópicos se liguem à figura feminina, à saudade ao amor, à solidão agregados a um pensamento místico pessimista, em torno do amor.

Qualquer obra de Bernardim Ribeiro cinge o tema da infelicidade amorosa, e "Menina e Moça" não é expecção.

A sua principal obra "Menina e Moça", ainda que inacabada, não teve qualquer equivalente na literatura clássica portuguesa, ainda assim, este inovador género de romance de Bernardim Ribeiro, consegue expandir-se e constituir um novo modelo de referência.